O Dia do Assistente Social, comemorado no dia 15/05, foi marcado pela palestra “Ética, Sigilo Profissional e Trabalho em Equipe”, ministrada pela assistente social Andreia Costa, em Maricá. Realizado no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), na tarde desta quinta-feira (28/05), o evento reuniu cerca de 50 profissionais e estagiários que atuam no município, nas oito unidades do Centro de Referência Social (CRAS), no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), no programa Bolsa Família, no Núcleo Especializado em Atendimento à Criança e ao Adolescente (Neaca) e demais equipamentos municipais.
A subsecretária adjunta de Assistência Social de Maricá, Laura Vieira da Costa, exaltou a equipe que atua no município. “Temos uma grande equipe de assistentes sociais trabalhando por toda a cidade. Somos considerados referência na área de atendimento e fortalecimento de vínculos, o que nos orgulha bastante, pois este é um trabalho muito árduo que exige dedicação e merece valorização e respeito”, apontou Laura.
Dentre os temas abordados, a palestrante apresentou um histórico do Serviço Social no Brasil. Atuando, há dois anos, como assistente social do CRAS São José Marine, Andreia explicou que a profissão passou por um profundo processo de renovação, rompendo o conservadorismo. “Nas décadas de 20 e 30, o serviço social era praticamente atrelado às ações filantrópicas. Hoje, temos que ser críticos e propositivos diante dos desafios sociais para garantir o atendimento aos direitos dos cidadãos. E, de forma alguma, podemos culpá-los pela sua condição socioeconômica”, declarou.
Andreia aproveitou para listar algumas competências e atribuições que devem ser inerentes a esse perfil profissional. “O assistente social não deve ter uma visão interiorizada e focalista. Busca-se um olhar mais completo e que tenha a capacidade de decifrar a realidade e construir uma proposta de trabalho criativa capaz de preservar efetivamente os direitos da população”, acrescentou.
A palestrante ressaltou ainda a importância do profissional compreender o Código de Ética, lei 8.662/93, que regulamenta a profissão de Assistente Social. “O conhecimento da legislação social é um pré-requisito para o pleno exercício do trabalho. É necessário conhecer os fundamentos e diretrizes do Serviço Social em que a valorização ética e dimensão política são constitutivas”. Sobre sigilo profissional, Andreia explicou que a privacidade é um direito legal do usuário. “Todas as informações do usuário são confidenciais e não devem ser banalizadas nem neglicenciadas. A desobediência é considerada infração grave punível, inclusive, com a cassação do direito de exercer a profissão”, alertou.
Há três meses atuando como assistente social do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Rede, Leonardo Fontainha elogiou o evento e parabenizou a Prefeitura por acolher os profissionais. “É muito bom estarmos aqui exercendo nossa tarefa e, desta forma, poder colocarmos em prática o que aprendemos e acreditamos. Considero que o ser humano é a matéria-prima do nosso trabalho, é com quem devemos estar comprometidos e devemos atender da melhor forma possível. A nossa missão é fazer a diferença na vida das pessoas”, apontou o profissional que, pela primeira vez, comemora o dia do assistente social.
Já com 33 anos de formada, Geisa Vasconcelos Pereira ficou muito emocionada ao falar sobre sua profissão. Atuando como assistente social do recém-inaugurado CRAS do Jardim Atlântico, ela falou um pouco sobre sua escolha profissional. “Lembro que queria ser médica, mas acabei indo para área do Serviço Social. Não me arrependo e aconselharia a qualquer um a seguir esse caminho. É uma luta diária, mas é muito gratificante poder ajudar as pessoas que necessitam. E hoje, com esse evento, ratifico ainda mais a minha esperança num mundo melhor”, declarou.
Para a estagiária de serviço social Mônica Bastos, que há um ano presta serviço supervisionado no CRAS de Itaipuaçu, o evento contribuiu para sua formação. “Essa experiência foi um grande aprendizado que permitiu ampliar meus conhecimentos sobre a importância da profissão. No CRAS percebo que a ética faz parte do nosso trabalho que deve ser levado muito a sério”, declarou.