Os criadores de bois e búfalos de Maricá participaram na última sexta-feira (15/05) de uma palestra sobre febre aftosa, doença que há 17 anos não atinge produções do estado do Rio de Janeiro. Promovida pela Prefeitura em parceria com o Núcleo de Defesa Agropecuária do estado, o evento integra a campanha de vacinação que acontece até o fim deste mês. A Secretaria Municipal Adjunta de Agricultura, Pecuária e Pesca disponibilizará gratuitamente, assim que receber, 2 mil doses contra febre aftosa e outras 2 mil vacinas antirrábica para rebanhos bovinos e bubalinos com até 60 cabeças. O material já foi encomendado pelo município.
Na palestra, a médica veterinária e chefe do Núcleo de Defesa Agropecuária fez um alerta sobre os possíveis prejuízos socioeconômicos em caso de contaminação dos animais. “A propriedade é embargada e o vírus pode espalhar para municípios vizinhos. A produção fica proibida e os animais são sacrificados. Por isso, é importante a consciência de todos”, declarou a chefe do núcleo estadual, que ainda chamou a atenção dos criadores. “A responsabilidade das vacinas é do produtor e não da Prefeitura. Quando o município não doar as doses, os produtores precisam ir atrás dos medicamentos e comunicar a vacinação do gado ao estado”, acrescentou. Todos os criadores de bovinos e bubalinos são obrigados a imunizar os animais contra a doença, transmitida por meio de alimentos contaminados ou do contato com rebanho infectado.
Durante o evento, o secretário municipal adjunto de Agricultura, Pecuária e Pesca, Rubem Pereira, lembrou que os pecuaristas poderão ser multados pelo Núcleo de Defesa Agropecuária do Estado, caso não vacinem o rebanho. “A Guia de Trânsito Animal (GTA), documento legal de transporte dos animais, somente é disponibilizada pelo estado com a vacinação em dia”, afirmou Rubem.
Criador de 15 bois em Ubatiba, Antônio João Brum Machado, de 65 anos, disse que “é importante aproveitar o evento para esclarecer dúvidas e vacinar o rebanho para evitar prejuízos nas produções”. A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa e se espalha rapidamente. Os animais têm febre, aftas na boca, tetas e entre as unhas, além de atingir as fendas dos cascos e articulações, causando mal estar e dificuldade na mastigação. Eles se isolam dos outros, babam, mancam, arrepiam o pelo e param de comer e beber. Mais informações pelo telefone 3731-4014.