Maricá promove III Conferência Municipal de Prevenção à Dependência Química

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Componentes da mesa diretora falaram da importância do trabalho de prevenção, enfrentamento e acolhimento aos usuários de drogas

Dezenas de estudantes, professores, pastores e lideranças religiosas e comunitárias participaram, nesta sexta-feira (13/03), das 9h às 17h, da III Conferência Municipal de Dependência Química, que ocorreu na Primeira Igreja Batista (PIB), de Maricá. A parte da manhã foi destinada para debates e palestras. Já à tarde, foi realizada a eleição dos 14 membros que representarão a sociedade civil no Conselho Municipal de Prevenção e Enfrentamento ao Álcool e às Drogas (COMAD). Os demais 14 membros, formados por representantes do primeiro setor, foram indicados previamente pelo governo municipal.

Após o Hino Nacional, os componentes da mesa diretora falaram da importância do trabalho de prevenção, enfrentamento e acolhimento aos usuários de drogas e das políticas públicas que estão sendo aplicadas nacionalmente para o setor, para redução de danos, tratamento e reinserção social do usuário. O subsecretário de Prevenção à Dependência Química de Maricá, Alan Christi, apresentou estatística da demanda e dos serviços prestados desde 2011, quando os trabalhos iniciaram. “No início, tínhamos um cadastro de 184 usuários. Quatro anos depois, são 902 assistidos, sendo 260 ativos (em tratamento). É uma mostra da luta que enfrentamos diariamente”, disse.

Assim como Alan, o coordenador da Secretaria Estadual de Prevenção à Dependência Química, Carlos Castro, que também falou dos programas e aparelhos do estado no combate à dependência; a secretária de Silva Jardim, Viviane Class, e o coordenador do CRP, Francisco Netto Abreu, apresentaram as logísticas de seus departamentos no trabalho de prevenção, como ampliação da renda, aumento do número de vagas de acolhimento e de parcerias com ONGs, igrejas e demais instituições. “O Estado laico foi criado em 1891, no terceiro ano da República, e até 20 anos atrás não se pensava em parceria com as igrejas. Hoje, só temos a agradecer a esse trabalho em conjunto, visto que as igrejas conhecem suas comunidades de entorno e têm contribuído muito, com o suporte técnico do governo, no acolhimento e recuperação dos usuários”, definiu  o coordenador da Secretaria Estadual de Prevenção à Dependência Química, Carlos Castro.

A primeira-dama e deputada estadual Rosângela Zeidan, também presente no evento, informou que é membro titular na Alerj da Comissão da Criança e do Adolescente e, como tal, tem por dever zelar pelo tema, informando, alertando e propondo sugestões para a redução da escalada das drogas no estado, junto à juventude. “Estamos elaborando projetos técnicos e projetos de lei, propondo alternativas educacionais e sociais, como esportes, música, segundo tempo nas escolas, para que os jovens possam sair do círculo em que viviam em função da droga. É um desafio enorme e as esferas de poder e os setores têm de trabalhar engajados. Em Maricá, estaremos ainda este ano orçando as obras do Centro de Recuperação no bairro Manu Manuela, para abrigar dezenas de dependentes químicos em tratamento”, adiantou.

Dezenas de estudantes da rede municipal de ensino participaram da abertura da conferência. Nívea Correa Brito, de 12 anos, aluna do 6º ano, da E.M. Carlos Magno LeGentil de Mattos, declarou ser muito importante a participação dos jovens em eventos como esse. “Até porque muitos desconhecem o risco das drogas e se desviam do caminho do estudo”, disse. A professora de Ciências, Julia Ferreira de Freitas, responsável  por levar a turma de Julia ao evento, disse que prevenção à dependência química faz parte da grade curricular e informou que já pediu à turma um relatório sobre a conferência. “É uma forma de entrosá-los mais com o tema e provocar uma participação maior dos jovens, em um assunto que diz respeito diretamente a eles”, conclui.

A conferência ainda contou com a presença do secretário executivo de Políticas Sociais, Alexandre Rodrigues, do secretário adjunto de Assistência Social, Jorge Castor, e demais autoridades municipais, além do secretário estadual de Prevenção à Dependência Química, Felipe Pereira, representantes da justiça, Conselho Tutelar Estadual, Alcoólicos Anônimos (AA), Al-Anom, Centros Terapêuticos e de Recuperação, entre outros.