Moradores de Itaipuaçu definem prioridades do Plano Municipal de Saneamento Básico

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Empresa contratada pela Prefeitura apresentou diagnóstico inicial do saneamento para moradores de Itaipuaçu

A Prefeitura de Maricá realizou nesta quarta-feira (11/03), com os moradores de Itaipuaçu, o primeiro seminário de discussão do Plano Municipal de Saneamento Básico. No evento, realizado nesta manhã no Rotary Clube, a população citou os problemas, escalonou os investimentos na região em alta, média e baixa prioridade e incluiu sugestões ao plano em elaboração com toda sociedade. O plano reúne dados técnicos necessários para o planejamento de obras, a obtenção de recursos e a execução de projetos em coleta e tratamento de esgoto; abastecimento de água; drenagem de águas pluviais e destinação adequada de resíduos sólidos, entre outras soluções.

Os moradores definiram como prioridades investimentos em drenagem (pela ordem, Recanto, Barroco, Jardim Atlântico, Rincão Mimoso, Cajueiros, Itaocaia, Praia de Itaipuaçu e Morada das Águias); água (Recanto, Praia de Itaipuaçu, Cajueiros, Morada das Águias, Rincão Mimoso, Itaocaia, Barroco e Jardim Atlântico); resíduos (Praia de Itaipuaçu, Barroco, Jardim Atlântico Oeste, Jardim Atlântico Central, Jardim Atlântico Leste, Recanto, Morada das Águias, Rincão Mimoso, Itaocaia e Cajueiros); e esgoto (Morada das Águias, Rincão Mimoso, Jardim Atlântico Central, Cajueiros, Jardim Atlântico Oeste, Praia de Itaipuaçu, Itaocaia, Recanto, Barroco e Jardim Atlântico Leste).

A coordenadora de Projetos Especiais do município, Luciana Andrade, fez uma avaliação positiva deste primeiro seminário com a participação dos moradores. “Estamos discutindo bairro a bairro cada prioridade e as informações dos moradores são essenciais para definição do plano. Conseguimos reunir representantes de associações de moradores e população em geral para tratar deste tema que é primordial para o futuro de Maricá”, ressaltou Luciana. O secretário municipal adjunto de Ambiente, Guilherme Mota, também participou do evento.

Na abertura do seminário, a empresa de consultoria Conen Infraestrutura Urbana, contratada pela Prefeitura, apresentou um relatório com um diagnóstico do município referente às quatro vertentes do saneamento – abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas e limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos – baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. “Usamos esses números oficiais como parâmetro, mas conheceremos as reais necessidades nesses encontros com os moradores. Por isso, é importante a participação popular e todas as sugestões serão incluídas no relatório final”, destacou a coordenadora do plano municipal, Ana Hafner, acrescentando que será aberta uma consulta pública por 30 dias no site www.pmsbmarica.wordpress.com a partir de segunda-feira (16/03).

Morador da localidade Cajueiros, o aposentado Edson Lima, de 65 anos, elogiou a iniciativa da Prefeitura de discutir o plano municipal com a população. “Esse encontro é muito oportuno porque estamos identificando os problemas do distrito para resolvermos essas questões de saneamento. A drenagem e abastecimento de água são as principais necessidades de Itaipuaçu”, afirmou Edson, que é vice-presidente da associação de moradores.

A Prefeitura também organizará uma audiência pública, em data ainda indefinida, do Plano Municipal de Saneamento Básico. Antes, na próxima segunda-feira (16/03), ainda serão realizados outros dois seminários em Ponta Negra (E. M. Reginaldo Domingues dos Santos – Rua São Pedro Apóstolo), das 9h às 11h; e, no Centro, das 14h às 16h, na Casa Digital (Praça Orlando Barros Pimentel).

Estabelecido pela Lei Federal 11.445/07, o plano é um importante instrumento de planejamento municipal que estabelece diretrizes para a prestação dos serviços de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas e limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. Desde outubro de 2014, um grupo técnico de estudo – com representantes do Executivo, Legislativo, órgãos ambientais, sociedade civil, Subcomitê da Bacia Lagunar de Maricá, Conselho Comunitário de Segurança Pública, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) – em parceria com a empresa de consultoria Conen, traça um diagnóstico do município, verificando o sistema atual e propondo soluções para o plano.