Professores municipais participam de aula inaugural do curso de Libras

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Terceira edição do curso recebeu 15 professores da rede municipal de ensino

Cerca de 15 professores da rede municipal de ensino de Maricá participaram, nesta terça-feira (10/03), na Casa Digital, da aula inaugural do curso de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), voltada para alfabetização e desenvolvimento da linguagem oficial para surdos. O curso, em sua terceira edição, faz parte dos projetos da Superintendência de Educação Inclusiva, da Secretaria Municipal Adjunta de Educação. 

Coordenado pela professora e pedagoga Tathiana Prado Dawes, o evento teve como intérprete de sinais a professora Fabiana Souza, e foi assistido pela superintendente de Educação Inclusiva, Mônica Rigó, representando o secretário adjunto de Educação, professor William Alberto Campos. Durante o encontro, foram expostos casos e experiência dos professores no trabalho com pessoas com deficiência auditiva.

“Quando iniciamos em Maricá, em 2009, existiam dois alunos surdos matriculados na Escola Especial Rynalda Rodrigues, no Flamengo. Hoje, temos dezenas de alunos matriculados em escolas com recursos inclusivos, como o C.E.M. Joana Benedicta Rangel e a E.M. Carlos Magno LeGentil de Mattos. Estamos avançando no processo inclusivo. Temos também curso de braille, para trabalhar com alunos cegos. O número de docentes que se capacitam para lidar com alunos com deficiência aumenta a cada ano e isto é muito bom para a qualificação profissional do município, e para os profissionais que se engajam e passam a ter uma dimensão maior das necessidades alheias”, comentou Mônica Rigó.

A professora de libras Fabiana Souza, que também é deficiente auditiva, contou que hoje tem 43 alunos na rede, mas que o início foi bastante difícil. Formada em Pedagogia e Psicopedagogia, Fabiana apresentou recentemente dissertação de mestrado em Educação Inclusiva: “Existe muita incompreensão devido ao preconceito e ao despreparo. Pais e professores devem se capacitar para entender filho e aluno deficiente. Todos tem inteligência, mas precisam de apoio emocional e profissional, além de recursos para desenvolver suas aptidões e necessidades. Cada caso é um caso”, explicou.

O curso se estenderá por dois anos, com uma aula semanal de duas horas de duração. Outras informações podem ser obtidas com a Superintendência de Educação Inclusiva, da Secretaria Municipal de Educação, pelo telefone 2637-8817.