Projeto Aruanã inicia em Maricá com educação ambiental

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Com uma aula de educação ambiental para os alunos do Projeto Botinho, do Corpo de Bombeiros, que trabalha conhecimentos do mar (natação, noção de correntes marinhas, apoio em salvamentos e resgates), o Projeto Aruanã Tartarugas Marinhas iniciou suas atividades nesta quarta-feira (13/01) no município. A primeira ação foi realizada em Ponta Negra, com apoio da Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria Municipal Adjunta de Ambiente, e da 6ª Unidade de Policiamento Ambiental (UPAM).

Após as aulas prática de natação, cerca de 50 alunos revezaram-se para ouvir as orientações da bióloga e coordenadora executiva do Projeto Aruanã, Suzana Guimarães, que falou sobre a atual situação da tartaruga marinha. “Elas são encontradas no litoral brasileiro, próximo aos costões. Desde o início do projeto, em 2010, registramos mais de 300 indivíduos da família. A aruanã vive em média 80 anos, porém sua idade adulta (reprodutiva) se dá apenas a partir dos 25 anos e, de cada desova, apenas um ou dois indivíduos chegam à fase adulta”, explicou a coordenadora, reforçando que é importante o monitoramento da estação reprodutiva e do número de acidentes ocorridos com essas espécies. “Poluição, redes de pesca e veículos marítimos têm sido os principais causadores de acidentes, frequentemente com óbito. Estamos conseguindo o apoio dos pescadores das comunidades onde implantamos o projeto. O poder público, através do Inea, prefeituras, polícia ambiental e  outros, nos apoia nas ações de divulgação, resgate e outras. As parcerias são importantes nas informações e agilização das ações”.

O projeto, que atua na região da Baía de Guanabara e adjacências desde 2010 e desenvolvido no laboratório ECOPESCA – Biologia do Nécton e Ecologia Pesqueira, da Universidade Federal Fluminense (Niterói), ganhará em breve um núcleo em Maricá, para o monitorando de ocorrência de tartarugas marinhas. As ações desenvolvidas pelo grupo incluem reunião e palestra sobre educação ambiental e acompanhamento das tartarugas, como o encaminhamento de animais mortos para o laboratório ECOPESCA, para estudos biológicos. Os animais encontrados machucados ou debilitados são transportados para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do Rio de Janeiro (CRAS), em Vargem Pequena para que possam ser recuperados e devolvidos ao mar. O projeto atua sob licença SISBIO-ICMBio n° 40873-1 em cooperação técnica com o Projeto Tamar. Vale ressaltar que as tartarugas marinhas estão incluídas na lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).