Casa da Mulher realiza festa de Natal com direito a Papai Noel

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Casa da Mulher realiza festa de Natal com direito a Papai Noel

A Casa da Mulher de Maricá – órgão vinculado a Subsecretaria Municipal de Políticas para as Mulheres – realizou na tarde desta sexta-feira (19/12) a terceira festa de Natal dedicada às mulheres assistidas pelo núcleo, que é especializado no atendimento em caso de violência. O encontro foi realizado na E. M. Rynalda Rodrigues da Silva, no Centro da cidade, e contou com a participação dos familiares das usuárias. Comidas típicas, distribuição de brinquedos, roupas, kits de higiene e Papai Noel não faltaram no evento, que contou ainda com o show dos cantores Ronaldo Valentim e Dalva Alves.

A subsecretária de Políticas para as Mulheres, Luciana Piredda, falou sobre a importância do encontro. “Esse é um momento muito importante para pensarmos no espírito de Natal e renovarmos nossas esperanças e energias. Nós, mulheres, merecemos um futuro sem violência, com mais amor e, principalmente, igualdade entre homens e mulheres”, salientou. Piredda acrescentou que, para algumas das assistidas, essa será a única festa de Natal. “Muitas dessas mulheres não possuem condições financeiras para comemorar, comprar presentes e as comidas típicas do Natal. Por isso, é muito importante reuni-las aqui hoje e oferecer o nosso carinho”.

Eloísa Helena da Silva, de 42 anos, é um desses casos. Mãe de duas filhas (Helena, de sete anos, e Pâmela, de três anos), ela elogiou a iniciativa. “Não tenho a oportunidade de dar para as minhas filhas uma festa como essa. Nem comemoramos. Vou começar a trabalhar por conta própria como lavandeira e, nos próximos anos, tenho a certeza de que tudo vai melhorar”.

Sônia Maria Pereira da Fonseca, de 41 anos, é uma das pessoas assistidas na casa há cerca de dois anos. Mineira de Pato de Minas, Sônia veio com o marido morar em Maricá, mas o casamento acabou por causa da violência. “A pior agressão que sofri foi a psicológica. Hoje, estou aqui na cidade sozinha, sem minha família e amigos. O amparo que recebi foi na Casa da Mulher que me acolheu e sempre me estende a mão na hora do sufoco. Aqui é a minha casa. Podem machucar o meu rosto, mas nunca me roubar o espírito e a minha alma”.  Com o coração apertado, Sônia falou que seu maior presente seria passar a noite de Natal com sua filha. “Ela mora com o pai com quem vai passar o Natal. Eu, provavelmente, devo ficar sozinha”, declarou.

A Casa da Mulher atende, atualmente, 597 mulheres em situação de violência, oferecendo acompanhamento psicossocial, orientações jurídicas e encaminhamento para outros órgãos, como Delegacia de Polícia, Fórum, Defensoria Pública, dentre outros.