“Fala Garoto” envolveu todos os alunos do CIEP do Centro

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Mais uma edição do projeto “Fala Garoto” aconteceu nesta sexta-feira (17/10), no CIEP 259 – Maria Amparo Rangel Souza, localizado na Av. Roberto Silveira, 259, no Centro de Maricá. Idealizado pela Subsecretaria de Combate e Prevenção a Dependência Química, vinculada a Secretaria de Assistência Social, e pelas secretarias de Saúde e de Educação, o projeto envolveu todos os alunos do colégio, que se organizaram, e cada turma fez uma apresentação diferente para abordar o tema “Drogas, Tô Fora”.

O diretor do CIEP, Zenilto Porto, agradeceu a colaboração dos alunos e professores. “Fico feliz em saber que todos fizeram questão de colaborar com este evento. Acho extremamente importante este tema ser abordado de uma maneira que os jovens se interessem”, disse o diretor.  Entre as apresentações, hip hop, poemas sobre drogas escritos pelos próprios alunos, aulas de karatê, paródias das músicas “Beijinho no Ombro” da cantora Valesca Popozuda, “Show das Poderosas” da cantora Anitta, e “Lepo Lepo” do grupo Psirico, no qual reproduziram as letras incentivando a leitura em vez do uso das drogas. A banda maricaense Genesis, também animou o evento com músicas gospel.

Em um esquete teatral os alunos apresentaram uma história sobre um jovem que levava uma vida normal com amigos, familiares e a namorada até conhecer pessoas que lhe ofereceram drogas para que fosse aceito. O jovem experimentou e começou a mudar seu comportamento, ficando cada vez mais agressivo e se afastando da família. Cada vez mais doente, também não encontrou ajuda nem no “novo” grupo de amigos e morreu de overdose.  A história, impactante, serviu de alerta a todos os alunos presentes sobre esta realidade.

O fotógrafo/jornalista e conselheiro da comunidade terapêutica Proliv, Sérgio Jr., relatou sua história de ex-dependente químico e sua superação contra as drogas. “Eu fui bem sucedido na minha profissão, trabalhei fora do Brasil, até que encontrei as drogas, que me tiraram tudo, inclusive minha família, mulher e filha do meu convívio, pois ninguém suportava mais o meu vício. Fiquei durante dois anos e meio usando cocaína pela tensão que vivia do trabalho, amigos, familiares, além dos problemas que sempre surgem em nossas vidas. As drogas foram uma válvula de escape para estes males. Foi quando resolvi resgatar tudo que eu tinha e me tratar na comunidade Proliv. Então espero que todos vocês fujam de seus problemas na leitura, nas boas amizades, no esporte e não nas drogas, só assim poderão ser bem sucedidos em suas vidas", aconselhou Sergio.

A aluna, Maria Clara Bezerra, de 16 anos, adorou o evento e ficou surpresa com as diversas atrações. “Este evento foi diferente, mais organizado. Todos os alunos abraçaram este projeto com dança, música e peça teatral. Adorei a forma como foi apresentado este universo das drogas, ficou tão mais leve e próximo a nossa realidade, conseguiu despertar nossa atenção,” contou animada. Os coordenadores Pedro Victorino e Gilson Luiz pretendem levar o projeto “Fala Garoto” para todas as escolas do município, por o considerarem uma importante ação de esclarecimento e uma oportunidade de apresentar o problema aos jovens de uma forma diferente.