Projeto “Fala Garoto” integra programação da Flim

0
515
Palestra teve foco nas drogas, mercado de trabalho e atividades físicas

Com uma proposta interativa e musical, o projeto "Fala Garoto" integrou a programação desta quinta-feira (09/10) da segunda edição da Festa Literária de Maricá (FLIM), com uma palestra sobre drogas, inserção no mercado de trabalho e atividades físicas. O encontro, que contou com a apresentação da banda maricaense Gênesis, foi ministrado pela subsecretaria de Assistência Social do município, Laura Costa; o conselheiro da pasta, Pedro Victorino; o gerente da empresa G-Comex Óleo e Gás,  Daniel Dias; e o professor de Educação Física, Kauffman Ribeiro. O projeto "Fala Garoto" é idealizado pela Subsecretaria Municipal de Combate e Prevenção a Dependência Química –  vinculada a Secretaria de Assistência Social –  e pela Secretaria de Saúde.

O debate iniciou com Daniel Dias expondo seu ponto de vista sobre o leque de oportunidades que o mercado de trabalho oferece aos jovens hoje em dia, principalmente no setor petroquímico. "Os jovens devem aproveitar a construção do Porto de Jaconé e do Comperj em Itaboraí para se capacitar nas áreas oferecidas pelo setor petroquímico, pois há uma carência de profissionais nesta área", aconselhou Daniel, que respondeu ao questionamento de um dos participantes sobre a exigência dos 6 meses de experiência mesmo a pessoa se qualificando com diversos cursos técnicos. "Esta condição está sendo debatida entre as empresas e muitas estão mudando este método de contratação, pois é muito mais proveitoso um funcionário sem experiências do que um funcionário com um currículo extenso e cheio de vícios", explicou.

Já na abordagem da atividade física, o professor de Educação Física Kauffman Ribeiro, informou sobre o sedentarismo diante da nova realidade tecnológica da sociedade. "Hoje em dia, somos aprisionados com esta era tecnológica, com celulares sempre em mãos, prejudicando nossas funções físicas por falta de exercícios. Se todos nós mudássemos um pouco da nossa rotina, por exemplo subindo a escada do prédio ao invés de subir de elevador, já seria um começo para uma vida mais saudável", orientou. O professor atentou também para os perigos do uso dos anabolizantes como forma de uma busca rápida pelo corpo perfeito. "O uso destas substâncias anabólicas trazem benefícios momentâneos e de curto prazo. Após o uso dos anabolizantes, começa a aparecer os efeitos colaterais no corpo, como falta dos hormônios que foram substituídos por estas substâncias, a perda de filtragem no sangue e até falência de alguns órgãos", alertou o professor.

Em seguida,  a  subsecretaria de Assistência Social, Laura Costa,  esclareceu alguns questionamentos apresentados sobre os projetos de prevenção e tratamento para os dependentes químicos que o município oferece. "A Prefeitura trabalha com diversos programas de prevenção às drogas, como tratamento social, psicomotor e capacitação para o mercado de trabalho. Nosso objetivo é fazer com que os jovens de Maricá descubram com estes projetos algo que se identifiquem e se ocupem para que não virem alvo de traficantes”, exaltou. "Fico feliz em saber que o município investe não só no tratamento do dependente químico, mas também na prevenção às drogas. É importante trabalhar mais na parte emocional dos jovens para que no futuro não haja tantos dependentes em tratamento", emedou o terapeuta em dependência química,  Carlos Miranda, que relatou também ter sido um dependente de drogas há 10 anos.

Finalizando o debate, o conselheiro da Subsecretaria de Combate e Prevenção a Dependência Química,  Pedro Victorino,  apresentou os serviços da SAPAD (Serviços de Atendimento Psicissocial – Álcool e Drogas), que oferece não só o tratamento psicológico, mas também oficinas, como informática,  inaugurada recentemente,  no Centro de Inclusão Digital "Ariano Suassuna".