Prefeitura encaminha macaco para tratamento em Guapimirim

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Animal pesa cerca de 3 kg e foi encontrado com lesão nos olhos. Após o tratamento, macaco será devolvido ao habitat

Animal foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado pelas secretarias municipais de Ambiente e Saúde para Centro de Primatologia do estado

Equipes das secretarias de Ambiente e Saúde de Maricá encaminharam nesta terça-feira (02/09) um macaco da espécie bugio (Alouatta fusca clamitans) para o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), em Guapimirim, que é administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O animal – resgatado pelo Corpo de Bombeiros nesta segunda-feira (01) às margens da RJ-118, no Bananal – está muito debilitado e fará tratamento antes de ser devolvido ao habitat natural.

Segundo as veterinárias Patrícia Ismério Ramos e Micheli Ferreira, da Vigilância Ambiental em Saúde, o macaco está com uma lesão nos olhos e muito fraco. “O diagnóstico preciso somente com o exame especializado. Esse ferimento na vista pode ser início de uma patologia”, explicou Patrícia. “Ele ficará, no mínimo, 40 dias em tratamento até ter condições de ser devolvido ao habitat. É um animal jovem e pesa cerca de três quilos”, completou Micheli.

Já o biólogo Waldir Almada, da Secretaria Municipal de Ambiente, acrescentou que, após recuperado, o macaco será reintegrado a natureza. “Existe uma grande população desta espécie em Maricá e vamos soltá-lo aqui”, reforçou Waldir. 

Criada em 1975, o Centro de Primatologia fica na Estação Ecológica do Paraíso, numa área de 4.920 hectares, entre os municípios de Guapimirim e Cachoeiras de Macacu. O centro – que é referência mundial em pesquisas com esses primatas – abriga, atualmente, cerca de 220 macacos, de 30 espécies diferentes, entre elas o muriqui, considerado o maior macaco das Américas, o mico-leão-dourado, o mico-leão-preto, o macaco-prego e o macaco-aranha. Os animais são originários de diversos estados brasileiros.

Macaco bugio

O macaco bugio, também como conhecido barbado, se alimenta de folhas, frutas, flores e insetos. Ele pesa, no máximo, nove quilos e pode chegar a 69 cm de comprimento com a cauda. São animais diurnos, chegam a formar grupos de até 15 indivíduos e vivem nas matas do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul.