Prefeitura solta jacaré-de-papo-amarelo na Restinga

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Equipes da Defesa Civil e da Secretaria de Ambiente soltaram o jacaré no Canal da Costa, em São José do Imbassaí

O réptil, que recebeu o nome de "Neymar" por funcionários da Secretaria de Ambiente, foi devolvido à natureza nesta segunda-feira

Um jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris), de um metro de comprimento, foi solto nesta segunda-feira (23/06), na Restinga de Maricá, em São José do Imbassaí, por equipes da Secretaria Municipal de Ambiente e da Defesa Civil. O réptil, que ganhou o apelido de "Neymar", foi capturado pelo Corpo de Bombeiros nesta manhã numa residência no Recanto de Itaipuaçu, encaminhado para a Secretaria de Ambiente e solto no Canal da Costa, após receber atendimento especializado de um biólogo da Prefeitura.

Este é o terceiro jacaré devolvido à natureza pela Prefeitura somente em 2014. Ao todo, já foram soltos 20 animais, entre araras, tamanduá mirim, cobras (uma jararaca e outra jararacuçu), entre outros. Segundo o secretário de Ambiente, Tiago de Paula, é comum encontrar espécies do jacaré-de-papo-amarelo na cidade porque preferem regiões tropicais, úmidas e com rios e lagoas. "Essa espécie está ameaçada de extinção e Maricá é o seu refúgio. Os jacarés aparecem muito em Ponta Negra e Jaconé, mas a concentração é maior na Lagoa Brava, que fica entre São José do Imbassaí e Itaipuaçu", declarou Tiago.

O secretário ainda orienta a população para não tocar nos animais e nem afugentá-los para evitar acidentes. "Os moradores devem ligar para o Corpo de Bombeiros, para o telefone 193, que irá encaminhar os animais à secretaria", acrescenta.

Jacaré-de-Papo Amarelo

O jacaré-de-papo-amarelo tem cor esverdeada, quase parda, com o ventre amarelado, e o focinho largo e achatado. Eles podem medir até três metros de comprimento, viver até 50 anos e possuem hábitos noturnos. Os jacarés se alimentam de peixes, aves e mamíferos. Seu período de reprodução é entre janeiro e março, época das grandes enchentes dos rios e põe entre 30 e 60 ovos por ninhada. A espécie está na lista de animais em extinção do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) por conta, principalmente, da destruição de seu habitat e à poluição dos rios.