Fórum de Prevenção à Dependência Química é discutido por usuários

0
398
36ª edição aconteceu na Casa Digital, no Centro da cidade

A Secretaria Municipal de Assistência Social, através da Subsecretaria de Prevenção à Dependência Química, realizou na tarde de segunda-feira (09/06) o XXXVI Fórum Permanente de Dependência Química de Maricá. O encontro, que ocorreu na Casa Digital, no Centro, e contou com a presença de autoridades municipais, foi aberto pelo subsecretário Alan Christi e apresentado pelo conselheiro Pedro Victorino, que abordou pontos essenciais para o desenvolvimento do trabalho em apoio aos dependentes na cidade.

Alguns usuários em tratamento participaram da discussão e compartilharam testemunhos. "O dependente é discriminado em sociedade. Basta declarar que você está em tratamento, para ser ignorado e mal tratado", declarou F., de 30 anos. "Fiquei triste quando meu filho declarou que não gostávamos dele, o que não é verdade. Isso me levou a buscar mais a unidade da família e estamos conseguindo", contou S., de 48 anos.

O secretário Jorge Castor também compareceu ao fórum e destacou a importância da família no tratamento do usuário. "Atingiremos nosso objetivo quando conseguirmos fazer as pessoas dependentes, geralmente jovens e afastados do convívio social, se reconciliarem com suas famílias", disse. Já a subsecretária Laura Vieira explicou que, em caso de violação de direitos, o cidadão pode procurar o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e fazer a denúncia. "É só acionar o CREAS, pessoalmente ou através do Disque 100 (Denúncia Anônima). Estes serviços existem para isto. É preciso que o cidadão reivindique e denuncie", completou.

Ainda no encontro, o subsecretário Alan Christi informou que foi aprovado em primeira instância, após a audiência pública na Câmara de Vereadores, o projeto do Conselho Municipal de Atenção à Dependência Química (COMAD), com a previsão de instalação dos leitos AD, no Hospital Conde Modesto Leal. "O COMAD é deliberativo e fiscalizador e, com certeza, determinará avanços no município. Enquanto não for implantado oficialmente, reivindicaremos de outras maneiras nossas urgências e prioridades. Talvez assim consigamos sensibilizar as autoridades em relação à urgência dos leitos, assim como a questão da população de rua e da dependência química em geral, que aumenta no município, em razão de seu crescimento populacional e progresso", completou Alan.

Outros usuários aproveitaram a oportunidades para indagarem a possibilidade de qualificação para reingresso no mercado de trabalho. "Existe ainda muito preconceito em relação a isso. Se o candidato está qualificado, entra a questão das drogas, excluindo sumariamente quem deseja trabalhar e se ressocializar. Enfim, há necessidade de repensar o caso, para que o dependente químico se sinta ressocializado", enfatizou P. A subsecretária Laura lembrou aos presentes que os cursos do Pronatec estão em funcionamento e podem ser opções para quem deseja se profissionalizar. "Há cursos para quem não tem letramento, como os de pintor e ladrilheiro, e também para nível médio, como Recepcionista, Auxiliar de Pessoal e outros. Os estudantes recebem o material, ajuda de custo, lanche e certificado gratuitos. Basta cadastrar-se", comentou. O próximo fórum está marcado para o dia 11/08, no mesmo local e horário.