Assuntos Religiosos participa do ato de protesto contra a intolerância religiosa

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Assuntos Religiosos participa do ato de protesto contra a intolerância religiosa

A Secretaria Municipal de Assuntos Religiosos participou de um ato de protesto contra a intolerância religiosa em solidariedade às religiões afro-brasileiras, realizado nesta quarta-feira (dia 21/05) na ABI (Associação Brasileira  de Imprensa). O movimento, proposto pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) é uma resposta ao juiz Eugênio Rosa de Araújo, da 17ª Vara Federal do Rio, que teria se recusado a retirar da internet vídeos apontados como ofensivos, por considerar que as manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem como religiões.  

Representando o município de Maricá, o superintendente de Assuntos Religiosos, Antônio Jonas Chagas Marreiros  – babalorixá  Jonas de Jagun, mais conhecido como Pai Liminha de Maricá, que é também presidente da instituição Forma (Fonte para Orientação Religiosa de Matrizes Africanas) -, esteve presente. Para ele, esta foi uma grande oportunidade para representar os adeptos umbandistas e candomblecistas do município. "É um momento muito importante para discutirmos a intolerância às religiões matrizes. Não podemos aceitar qualquer tipo de discriminação ou preconceito. Esse manifesto evidencia a luta pela garantia de direitos e liberdade", declarou.

O evento contou com a participação de aproximadamente 500 pessoas, dentre eles, representantes de diversas religiões, inclusive de outros estados, que repudiam os atos de intolerância religiosa.

Entenda o caso

O caso foi parar na Justiça quando a Associação Nacional de Mídia Afro tentou retirar da internet vídeos com mensagens de intolerância contra religiões como a umbanda e o candomblé. O juiz Eugênio Rosa de Araújo negou o pedido, que na sentença, coloca que "as manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem em religiões, muito menos os vídeos contidos no Google refletem um sistema de crença, – são de mau gosto, mas são manifestações de livre expressão de opinião". No dia 20/05, em nota veiculada pela assessoria de imprensa da Justiça Federal do RJ, o juiz manteve a decisão liminar em que autorizou a permanência no YouTube dos vídeos da Igreja Universal como fundamento a defesa da liberdade de expressão, considerados ofensivos pelo Ministério Público, mas mudou a argumentação de que os cultos afro-brasileiros não são religiões.