Produtores rurais de Maricá reuniram-se na última quinta-feira (03\04), na sede da Secretaria Municipal de Agricultura, Aquicultura, Pecuária e Pesca, em Ubatiba, com o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Miguel Moraes; o gerente de atendimento da Caixa Econômica Federal (CEF) de Niterói, Raul Dantas; e o superintendente de atendimento da CEF de Maricá, Maicon Oliveira. O secretário de Agricultura, Aquicultura, Pecuária e Pesca, Rubem Pereira, fez as apresentações.
A proposta do encontro foi transmitir informações e orientações aos produtores sobre a linha de crédito, de até 15 mil Mumbucas (equivalente a R$15 mil), para o microprodutor, microempreendedores, agricultores familiares, pescadores, artesãos e pequenos comerciantes. Ainda em análise de implantação, o projeto, com previsão de início para maio, completará o projeto Moeda Social Mumbuca, criado pela Prefeitura de Maricá e administrado pelo Instituto Palmas. Atualmente, cerca de seis mil famílias recebem o benefício mensal de 70 Mumbucas (equivalente a R$ 70).
"A Moeda Mumbuca tem duas faces. Estamos concluindo a meta da primeira face do programa, que é a de complemento de renda através da Bolsa Mumbuca. Estamos cadastrando e entregando os cartões eletrônicos com crédito mensal de 70 Mumbucas. Até 2016, esta ajuda será de 300 Mumbucas mensais. Já a segunda face é a liberação da linha de crédito de 15 mil Mumbuca. Ainda estamos em processo de pesquisa de carência para cada setor e entendendo as necessidades de cada", contou o secretário Miguel de Moraes.
Ainda no encontro, foi-se falado sobre o processo de aquisição do Crédito Rural – financiamento com o objetivo de estimular os investimentos e ajudar no custeio da produção e comercialização de produtos agropecuários. O Crédito Rural da Caixa Econômixa Federal (CEF) inclui financiamento para custeio, de até R$ 1 milhão, e para investimento, de até R$ 350 mil.
Para o Crédito Rural, notas fiscais e faturas contam como experiência no processo de financiamento. Os empréstimos têm carência conforme a safra da lavoura e de acordo com o ciclo de criação (gado de leite ou corte), tendo juros de 5,5% ao ano. Quanto à linha de crédito da Moeda Mumbuca, o secretário Miguel Moraes explica que o financiamento terá juros de acordo com a média de inflação e carência semelhante ao do Crédito Rural. "Nossos valores são bem menores, mas trabalharemos de acordo com as condições de trabalho de cada categoria, ou seja, o pescador de acordo com a safra do pescado, o agricultor de acordo com a colheita. O nosso objetivo não é sacrificar ninguém, pelo contrário. É oferecer alternativas para que o trabalhador rural possa comprar equipamentos".
O plantador de tomates Liberino Monteiro dos Santos, mais conhecido como Nitinho, de 62 anos, morador do Rincão Mimoso, que nunca pegou empréstimo, se interessou pelas duas alternativas de crédito (Crédito Rural e Crédito Mumbuca). "Forneço manjericão, pimentão e abóbora para os mercados e sacolões da região. Quem sabe tente um empréstimo para expandir o negócio", comentou.