CREAS realiza palestra em homenagem ao mês da mulher

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A psicóloga e sexóloga Matilde Duarte palestrou sobre o direito da mulher na sociedade

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) realizou ontem (12/03) uma palestra na Universidade Severino Sombra, no Flamengo, em homenagem ao mês da mulher. O tema debatido foi “Direitos da Mulher: uma questão de rede”, pela psicóloga e sexóloga Matilde Duarte, da ONG Alívio, que faz atendimento a dependentes químicos; e a subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Luciana Piredda. A mesa de abertura dos trabalhos foi formada ainda pelo secretário municipal de Assistência Social, Jorge Castor, pela subsecretária Laura Maria Vieira, pela coordenadora do CREAS e do evento, Layse Guedes.

Matilde abordou assuntos como sensualidade e sexualidade, realização e felicidade, com uma linguagem pedagógica e coloquial. Em cerca de 30 minutos de exposição, desconstruiu mitos, transmitiu ideias e levou a plateia a refletir sobre conceitos, preconceitos e discriminação. “A felicidade, objetivo maior do ser humano, é um processo em construção. A ideia de que a mulher depende do homem para ser feliz é romance hollywoodiano. Podemos ser felizes sozinhas. O indivíduo precisa conhecer-se e amar-se mais, para concretizar seus sonhos e realizar-se como ser humano, sem subserviência e com total liberdade”, declarou.

Em seguida, a subsecretária de Políticas Públicas, Luciana Piredda, exibiu um documentário intitulado “O Poder de Saias”, que retrata a luta das mulheres nos espaços sociais, os marcos civis e legais conquistados por elas, em menos de 80 anos de voto e de participação feminina na política brasileira. No vídeo, constam registros das primeiras vereadoras, deputadas estaduais, federais e senadoras brasileiras, de 1930 a 1970, como Leolinda de Figueiredo Daltro, Carlota Pereira Queiroz, Zuleika Lambert, Lígia Doutel, além de personalidades atuais, como Benedita da Silva e Lúcia Xavier.

Já Laura Vieira, subsecretária de Assistência Social, frisou que são necessárias medidas mais efetivas e práticas na defesa da mulher. “Em relação à violência, por exemplo, vemos absurdos na aplicação da Lei Maria da Penha, por total desconhecimento das partes e discriminação de algumas autoridades. A mulher tem dupla jornada de trabalho (em casa e na rua) e, mesmo mais preparada muitas vezes que o homem, seu salário é 30% menor que o dos homens”, comentou. 

Finalizando o encontro, o secretário Jorge Castor parabenizou as mulheres pelo seu dia e mês. “Se não fossem as mulheres, não estaríamos aqui. Devemos todo nosso carinho e respeito a elas”, concluiu.​