Três médicos – um uruguaio e duas brasileiras -, formados em Cuba, foram recebidos nesta segunda-feira (dia 10), na Secretaria de Saúde de Maricá. Os profissionais fazem parte do Programa Mais Médico, do Governo Federal, que visa a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde.
Alegre em recepcioná-los, a secretária de Saúde, Fernanda Spitz, anunciou ainda a chegada de outros profissionais. “Nos próximos dias, receberemos mais três: uma espanhola e dois cubanos. A gente está muito feliz com a chegada desses médicos, pois acreditamos que a formação que eles tiveram em Cuba é totalmente voltada para a Atenção Básica”, disse ela. O vereador Chiquinho também participou da recepção.
Iniciativa do Governo Federal, o programa seleciona médicos que vêm do exterior. De acordo com a subsecretária de Atenção Básica de Maricá, Claudia Rogéria de Lima Souza, os profissionais recém-chegados passam por um treinamento de língua portuguesa e de conhecimentos médicos. “Se aprovados, são encaminhados aos municípios. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é quem faz a avaliação. Nós, da Prefeitura de Maricá, fizemos a adesão ao programa. Os médicos fizeram uma inscrição e, depois, são distribuídos pelo país inteiro, de acordo com a necessidade de cada região. Hoje, nós recebemos três médicos. Dois ficarão no Posto de Saúde Central e um em São José”, garante ela.
Nascida em Vila Isabel, no Rio de janeiro, a médica Andreia da Silva ganhou em 2006 uma bolsa de estudo para cursar Medicina em Cuba. Com o Programa Mais Médicos, voltou para o Brasil, fez aulas de português e espera aplicar os ensinamentos que aprendeu no país. “Sou nascida e criada no Rio de janeiro. Quero conhecer a cidade e a população de Maricá. Espero ser bem-recebida, que gostem do meu trabalho, que aproveitem bastante. Tenho muito a oferecer e a aprender também. Para mim, essa é uma grande oportunidade. A medicina que a gente aprendeu em Cuba é humanitária e preventiva”, explica.
Já Cassandra Renoult Pisco é de São João de Meriti, também no Rio de Janeiro. Para ela, a experiência de voltar ao Brasil será importante para sua carreira, além de poder ajudar e participar na formação de uma medicina mais humanitária. “Fui a Cuba conhecer a história e estudar. Nosso diploma é aceito em mais de 140 países do mundo. Voltei para o Brasil, pois o convênio que temos com Cuba é graduar-se e voltar ao nosso país de origem, de preferência”, conta a médica.
O médico uruguaio Ney Bertis, que também estudou em Cuba, espera exercer um bom trabalho na cidade. “Sou uruguaio, estou aqui para os Mais Médicos. Estive um ano em missão pela Organização das Nações Unidas (ONU) no Congo, África. Vai ser um prazer trabalhar aqui. Que as pessoas vejam o médico não como um Deus, mas como alguém que pode ajudá-las”.
Para a subsecretária de Humanização do município, Andreia Oliveira, o programa possibilita a troca de conhecimento em prol da melhoria de qualidade do atendimento. “Acredito que vai ser muito bom. A formação deles em Cuba é diferente daqui. Eles vão mostrar outro formato, mais voltado para a parte humana. Vai acrescentar muito”, completou.