Bloco do CAPS desfila em Maricá

0
837
Com o tema “Eu sou, mas quem não é?”, o bloco do CAPS desfilou ontem no Centro de Maricá

Com o tema “Eu sou, mas quem não é?”, pacientes, funcionários, familiares e amigos do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) fizeram a festa ontem (27/02). O bloco saiu da sede do CAPS com o trio elétrico e caminhou pela Rua Domício da Gama até a Praça Orlando Barros Pimentel, no Centro de Maricá, com muita música, alegria e animação.  Édna Silva, supervisora técnica, explicou que o nome do bloco é para manter uma interrogação. “Você pode ser o que quiser. Quem não tem um pouco de loucura? Estamos em prol da inclusão social. Quem quiser participar, é só chegar”, convidou.

Segundo Luiz Otávio, coordenador de Saúde Mental do município, o objetivo é integrar a equipe com os pacientes e levar o carnaval do CAPS para as ruas. “Dessa forma, a gente consegue mostrar que eles também brincam e se divertem. Que eles têm vida social”, completou. Orientados pelo administrador Marcelo Francisco, os pacientes confeccionaram todas as fantasias. “Também trabalho com artes. Além disso, corto e pinto o cabelo deles, faço barba e bigode”, acrescentou.

Entre as fantasias de destaque dos pacientes: cigana, baiana e vampiro. Gilberto dos Santos estava de palhaço. “Eu vou dançar, porque hoje eu estou feliz!”, disse animado. Corina de Souza queria se divertir, mas estava dividida: “Estou aqui, mas estou pensando na minha cachorra que está em casa”. Estreia para Dália Dantas, uma das baianas: “É a primeira vez que eu participo. Estou muito emocionada”, afirmou. Já a porta bandeira Maria Lavínia sonha com algo mais: “A gente fez tanta coisa. Se Deus quiser nosso bloco vai virar uma escola de samba”.

O CAPS oferece atendimento interdisciplinar, diferentes oficinas e é composto por médicos, psicólogos, assistentes sociais e outros especialistas. Uma das pessoas que faz parte da equipe multidisciplinar é a psicóloga Zumira Carvalho. “Desejamos interação social e desenvolvimento da criatividade. Cada um trouxe um pouco de material e de ideias. É um trabalho de inserção social, de colaboração, de cooperação e acima de tudo de alegria, pois um ajuda o outro”.