Uma petição para implantação do Conselho Municipal de Prevenção e Combate às Drogas (COMAD) e o trabalho emergencial do projeto Consultório de Rua, para atendimento a usuários de drogas, foram alguns dos temas centrais do primeiro Fórum do setor, realizado ontem (20/01), às 14h, na Casa Digital, com a coordenação da subsecretaria de Prevenção e Combate à Dependência Química.
No encontro, foi apresentado um retrospecto das atividades do setor em 2013 e discutidos recursos e avanços da administração municipal em prol das pessoas vítimas da dependência química. Discutiu-se também o atual quadro da população de rua em Maricá, que vem aumentando progressivamente, em especial no verão, quando a população ‘flutuante’ do município (turistas e veranistas) faz triplicar o número de pessoas na cidade. A reunião foi coordenada pelo subsecretário de Prevenção e Combate à Dependência Química, Allan Christi, e contou com a presença de outras autoridades, como a secretária municipal de Assistência Social, professora Laura Maria Vieira, além de convidados, como as instituições parcerias instituições parceiras Al-Anom, ProLive e Viva Rio.
"Estamos passando por um processo que cidades maiores já passaram e o crescimento também traz desafios. Ano passado, fizemos reuniões para montarmos uma comissão multidisciplinar de visitação e acolhimento a moradores de rua e agora é a hora de concretizarmos as ações práticas de assistência à população de rua", declarou Laura Vieira.
“Nosso trabalho está se fortalecendo, com as portas de entrada e triagem pelo CAPS, Ambulatório de Saúde Mental, CREAS, Conselho Tutelar e outros órgãos que operam em parceria. Procuramos reverter a endemia do alcoolismo, por exemplo, através de campanhas educativas em associações de moradores e escolas”, declarou o subsecretário Allan Christi.
Combate ao crack
Outra preocupação, segundo Allan, é o crack. “É uma realidade que já se espalhou por alguns bairros e que temos que enfrentar, com suporte técnico das equipes e um trabalho em rede. O prefeito Washington Quaquá está empenhado na construção do maior Centro de Recuperação de Dependentes Químicios da região”, antecipou o subsecretário.
Num dos momentos mais emocionantes do fórum, ex-pacientes deram depoimentos sobre a dependência química, como a microempresária Carla, de 40 anos. "Sem família, sem teto e sem dinheiro, passei por muita dificuldade por causa das drogas. Sair dela foi difícil, mas tive o apoio da equipe do Dr. Allan e hoje tenho uma nova vida, com emprego e família. Sou uma nova pessoa", declarou.
O próximo fórum municipal sobre o tema será realizado no dia 17 de fevereiro, às 14h30, também na Casa Digital.