Cartilha vai orientar escolas de Maricá e combater sub registro de nascimento

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O esforço de combate ao sub-registro civil de nascimento vai chegar às escolas da rede municipal de Maricá. Uma cartilha preparada pelo Governo do Estado será distribuída nas unidades de ensino e vai levar orientações sobre como proceder em caso de alunos que não possuam registro de nascimento.  As diretrizes do trabalho começaram a ser definidas numa reunião nesta quinta-feira (14/11) no Ciep Maria do Amparo Rangel, no Centro.

Participaram do encontro a secretária de Assistência Social de Maricá, Laura Maria Vieira da Costa, representantes da Secretaria Municipal de Educação e do governo estadual, além de membros do comitê local contra o sub registro. No início, todos os presentes participaram de uma dinâmica onde, além de dizer seus nomes, também contaram as origens deles na família. A intenção era pensar na importância que têm os nomes das pessoas e seus registros.

Segundo a secretária, o comitê irá acompanhar a distribuição dos impressos, que será feita através da Secretaria de Educação. Entre as diversas orientações, a cartilha mostra até mesmo a forma de lidar com crianças estrangeiras refugiadas de outros países.

Laura Maria aproveitou para revelar que o comitê, presidido por ela, iniciou um trabalho de levantamento com os índios da aldeia Guarani, instalada numa área que fica entre Itaipuaçu e São José de Imbassaí. Segundo ela, já há informações sobre membros da tribo que não têm qualquer registro, entre crianças e adultos.

Evasão de registros foi ‘zerada’ em outubro

O comitê criado para combater o sub-registro de civil em Maricá já tem motivos para comemorar este primeiro ano de atividades. O balanço do mês de outubro, divulgado na reunião mensal da equipe, ocorrida no fim do mês, aponta que nenhuma criança nascida na maternidade do Hospital Conde Modesto Leal ficou sem sua certidão de nascimento no período.

De acordo com Laura Vieira da Costa, as declarações de nascidos vivos (DNVs) emitidas em outubro pela unidade (a única a realizar partos na cidade) foram todas convertidas em registros de nascimento, o que não ocorria em meses anteriores. “É um resultado muito animador e que reflete o empenho desta equipe, além de nos motivar a ir além e fazer mais pelas crianças”, celebrou a secretária.