Reunião discute implantação da “Moeda social” de Maricá

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Reunião discute implantação da “Moeda social” de Maricá

Implantação da Mumbuca está prevista para novembro

A moeda social Mumbuca – instituída em junho último com previsão de implantação para novembro – foi tema de um encontro nesta terça-feira (06/08), entre o vice-prefeito de Maricá, Marcos Ribeiro, secretários municipais e o coordenador geral do Instituto Palmas, João Joaquim Segundo, responsável pela implantação da moeda social e do banco comunitário em uma comunidade em Fortaleza (CE).

Com mais de 15 anos de experiência, o Instituto Palmas atua na implantação de sistemas econômicos alternativos para inclusão social, com a difusão de práticas comunitárias, como é o caso da moeda social Mumbuca – parte do Programa Municipal de Economia Solidária, Combate à Pobreza e Desenvolvimento Econômico e Social. Além da moeda, o programa também inclui um banco comunitário popular, a disponibilização de linhas de crédito para estímulo ao microempreendedorismo e a concessão de benefícios mensais para famílias em situação de pobreza.

O coordenador geral do Instituto Palmas elogiou a iniciativa inovadora da prefeitura em atrelar a moeda social a uma política de desenvolvimento humano, econômico e social. “Desde 2005, o governo federal apoia experiências de bancos comunitários como politicas públicas. Isso estimula o desenvolvimento da cidade como um todo, já que incentiva a permanência dos ativos econômicos no município”, explicou João Joaquim Segundo. O coordenador também apresentou um histórico da implantação da moeda social Palmas, criada por moradores de Fortaleza de um bairro chamado Palmeiras. Ainda segundo ele, no Brasil já existem 103 bancos comunitários.

Para o vice-prefeito Marcos Ribeiro a moeda social amplia o crescimento socioeconômico de Maricá. “Esse dinheiro fortalecerá nossa economia, aumentando o volume em circulação no comércio. A moeda não é uma imposição, mas uma opção para incrementar esse comércio”, destacou. Pelos cálculos da secretaria municipal de Direitos Humanos, que é a responsável pelo projeto, a Moeda Social deverá representar uma injeção de R$ 1,4 milhão por ano na economia de Maricá, beneficiando a população de baixa renda.

O secretário municipal de Direitos Humanos, Miguel Moraes, coordenador o grupo de trabalho para a implantação do projeto, disse que a moeda social vai beneficiar principalmente aqueles que vivem abaixo da linha da pobreza. “O governo municipal vai complementar a renda dos mais necessitados. Como há famílias na cidade que ainda não estão incluídas no  Bolsa Família, do governo federal, a Mumbuca será aliada no combate à pobreza extrema”, explicou o secretário, destacando que cada “mumbuca” valerá um Real (R$1,00).

Programa Municipal de Economia Solidária
O programa será subsidiado por um fundo municipal que receberá recursos do orçamento municipal, de bancos e empresas públicas ou privadas – com quem a Prefeitura de Maricá firmará convênios. O dinheiro do fundo será gerido pelo Conselho Municipal de Economia Solidária, Combate à Pobreza e Desenvolvimento Econômico e Social de Maricá, formado com a participação da sociedade civil e do poder público. O banco social (que não será administrado pela prefeitura) fará a moeda circular, seja via financiamentos, seja por meio da troca de reais pelas “mumbucas”. Dentre outras atribuições, o banco comunitário popular poderá disponibilizar linhas de crédito para pescadores, agricultores, comerciantes e micro e pequenos empresários da cidade.

Além do vice-prefeito, do secretário municipal de Direitos Humanos e do representante do banco de Palmas participaram do encontro os secretários municipais de Fazenda, Roberto Santiago, Trabalho, Rosana Horta, chefia de gabinete, Kleber Ottero, e a procuradora geral Maria Inez Domingos Pucello.