Pacto pelo Saneamento terá emissário submarino e estação de tratamento

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Secretária de Projetos Especiais, Luciana Andrade, durante reunião sobre as obras do 'Pacto pelo Saneamento'.

Começam nos próximos meses as obras de esgotamento sanitário do Pacto pelo Saneamento, que vai beneficiar a região do centro de Maricá. As intervenções já licitadas somam R$ 60 milhões e incluem a construção de um emissário submarino com quatro quilômetros de extensão a partir da orla de Barra de Maricá.

Segundo a secretária municipal de Projetos Especiais, Luciana Andrade, o novo emissário não irá oferecer riscos à vida marinha na região. “Ao contrário do que se pensa, onde existem emissários submarinos a vida marinha também se renova. É também onde há mais peixes, que se alimentam de parte do que sai das tubulações após o tratamento ser feito. O mar ainda é a melhor saída para sanear”, destacou Luciana, que também é bióloga e se reuniu recentemente com representantes das empresas responsáveis pela obras.

Rede de esgoto terá 238 quilômetros

Em uma segunda fase, o pacote de obras também contará com recursos de R$ 33 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e incluirá uma nova estação de tratamento de esgoto no bairro Parque Eldorado e um total de 238 quilômetros de redes de coleta de esgoto e ligações domiciliares. O projeto prevê a implantação das redes em nove bairros do 1º distrito (Centro, São José do Imbassaí, Retiro, Itapeba, Ubatiba, Araçatiba, Barra, Jacaroá e parte de Pedra de Inoã). O esgoto receberá tratamento e será transportado até Barra de Maricá, em 3,9 km de tubulação. Depois, seguirá pelo emissário submarino. A Fundação Bio Rio, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já realiza a topografia da região. As obras devem estar prontas num prazo de aproximadamente três anos.

Termo de Compromisso

A assinatura do termo de compromisso do Pacto pelo Saneamento ocorreu em março deste ano na sede do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), no Rio, com as presenças do prefeito Washington Quaquá, do secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, da presidente do Inea, Marilene Ramos, e do diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa.

Na ocasião, a Petrobras assinou um convênio de R$ 60 milhões como contrapartida à construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que inclui o emissário de efluentes químicos do complexo, cuja rota passa pela cidade. Segundo declarou na época o secretário Carlos Minc, as exigências ambientais para o material que será transportado pelo emissário serão as mais rigorosas possíveis.