Teatro do Oprimido encerra projeto de oficinas para servidores municipais

0
919
Intercâmbio cultural através do esporte marca visita de japoneses a Maricá.

O Centro do Teatro do Oprimido (CTO), que realizou oficinas de dramaturgia em Maricá com servidores da prefeitura, promoveu o encerramento de suas atividades hoje (11/12), no CEM Joana Benedicta Rangel, no Centro da cidade.

A atividade marcou o fim do projeto realizado em parceria entre o Centro do Teatro do Oprimido e a Prefeitura de Maricá, iniciado em setembro deste ano e no qual servidores municipais foram capacitados segundo os métodos teatrais do CTO. Entre os participantes estavam funcionários das secretarias municipais de Educação, Assistência Sociale Participação Popular, Cultura e Saúde.

Em quatro meses de trabalho, os servidores desenvolveram, por meio da interação direta com suas plateias, cenas de teatro que contaram com a participação da população local (estudantes do Colégio Estadual Elisiário Matta, a Associação de Moradores de Inoã e usuários do Centro de Atenção Psicossocial de Maricá, por exemplo). A proposta é formar ‘multiplicadores’ que possam levar as práticas teatrais adiante, com a representação de situações reais que ajudem as comunidades a desenvolverem a consciência politícica e a construirem conhecimento.

Atualmente, o Teatro do Oprimido é difundido em 80 países e na maioria dos estados brasileiros.

Mostra Estética do Oprimido

O encerramento do projeto piloto em Maricá contou com uma apresentação do Teatro Fórum do Oprimido, com cenas da peça “O Casamento”, que aborda a questão da violência doméstica. O trabalho foi apresentado por alunos do Curso Pedagógico do C.E. Eliziário Matta.

Houve também a mostra “Estética do Oprimido”, com exposição de desenhos e pinturas de participantes das oficinas, e telas em branco que foram utilizadas pelo público, com o tema “Maricá dos sonhos”. O trabalho em Maricá foi realizado por Alessandro Conceição, Olivar Boudelack, Helen Sarapeck, Monique Rodrigues e Roni Valk (músico).

Para Aluísio José, estudante do 4º ano do Curso de Magistério do C.E. Elisiário Matta, e ator (fez o papel de marido na peça), o teatro está sendo mais uma experiência em sua vida. “Assim como o estudo e o ensino, o teatro te dá condições de usar a técnica e a criatividade, para transformar a realidade e criar uma sociedade mais justa”, comentou.

Matheus Martins, de 16 anos, e Agna Cristina, de 14, alunos do 8º ano do Ensino Fundamental do CEM Joana Benedicta Rangel, acharam “muito legal o trabalho, até porque faz a gente participar diretamente”, disseram.