Palestra ressalta a importância da Educação de Jovens e Adultos em Maricá

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Jaqueline ressaltou a importância do EJA

Professores, inspetores e a equipe técnico-pedagógica do município, que trabalham com a Educação de Jovens e Adultos (EJA), reuniram-se na noite da última terça-feira (18/09), na Escola Especial Municipal Rynalda Rodrigues da Silva para uma palestra com a professora Jaqueline Ventura, da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF). Com o tema “Educação de Jovens e Adultos: Sujeitos e suas Capacidades”, Jaqueline mostrou as melhores formas de trabalhar esse grupo em sala de aula, em especial a preocupação com a qualificação do profissional encarregado do ensino.

A professora agradeceu o convite da Secretaria Municipal de Educação e elogiou o interesse do governo no trabalho com o EJA. “Tenho visto escolas de outros municípios onde bibliotecas, salas de informática e até banheiros são fechados para esses alunos”, afirmou. Segundo a secretária de Educação, Marta de Melo Quinan, o governo municipal fornece aos estudantes da EJA o mesmo material disponibilizado aos alunos dos outros segmentos. “Eles recebem computador, uniforme, livros e todo o material escolar. Estamos trabalhando muito para igualar o EJA com o curso normal”, informou.

A palestrante mostrou justamente a importância dessa preocupação. “O EJA deve ser entendido como uma modalidade de Educação Básica, e não como um supletivo. A grande evasão é consequência da falta de cuidado com esse aluno”, avaliou. No seu entender, o EJA precisa ser visto por ele como um direito. Ainda de acordo com Jaqueline Ventura, o EJA não precisa ser programado sempre para o período noturno, já que muitos interessados em prosseguir com os estudos trabalham nesse período. Outro ponto abordado foi o encaminhamento de jovens do curso regular para a EJA.

Exemplo

Sob a orientação da secretaria de Educação, o trabalho na Escola Darcy Ribeiro constitui um exemplo nesse sentido. “Dividimos nossas turmas por faixa etária, disponibilizamos biblioteca, sala de informática e todo material”, conta a diretora adjunta Kátia Oliveira Cruz. Além disso, periodicamente a escola promove palestras, passeios culturais e outros projetos que ajudam a dinamizar o ensino. “No começo do ano, tínhamos em sala de aula 430 alunos. Estamos começando o segundo semestre com 380. É uma evasão baixa, levando-se em consideração que escolas em outros municípios podem chegar a 60%”.