Petrobras repassa R$ 60 milhões para obras de saneamento em Maricá

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Prefeito Quaquá, presidente do Inea, Marilene Ramos, e secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc - Foto: Fernanda Santana

Verba é contrapartida à construção do Comperj, que inclui emissário de efluentes cuja rota passa pela cidade

Maricá garantiu nesta sexta-feira (30/03) parte dos R$ 93 milhões que serão investidos em obras de tratamento de esgoto. A Petrobras fez um convênio com a prefeitura em que se compromete a investir R$ 60 milhões, como contrapartida à construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que prevê um emissário de efluentes cuja rota passa pela cidade. A outra parte dos investimentos em saneamento – R$ 33 milhões – virá do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A assinatura do termo de compromisso da Petrobras aconteceu na sede do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), no Rio, com as presenças do prefeito Washington Quaquá, do secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, da presidente do Inea, Marilene Ramos, e do diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa.

O pacote de obras de tratamento de esgoto incluem a construção de um emissário submarino para lançar o esgoto a quatro quilômetros da costa, em Barra de Maricá, uma estação de tratamento e 238 km de redes de coleta de esgoto e ligações domiciliares. A previsão é que os trabalhos comecem neste semestre. A Fundação Bio Rio, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vai iniciar a topografia da região. A previsão é que as obras sejam concluídas em três anos.

O projeto prevê a implantação das redes de esgoto em nove bairros do 1º distrito (Centro, São José do Imbassaí, Retiro, Itapeba, Ubatiba, Araçatiba, Barra, Jacaroá e parte de Pedra de Inoã). Segundo o prefeito Washington Quaquá, as obras serão fundamentais para frear o despejo nas lagoas. “Estes investimentos vão resolver os problemas de lançamento ilegal de esgoto nas lagoas. É uma questão de saúde pública”, destacou.

A ETE em Araçatiba terá capacidade para atender 70% da população. O esgoto receberá tratamento primário (com separação de dejetos sólidos e líquidos, como é feito na Barra da Tijuca) e será transportado até a Barra de Maricá, em 3,9 km de tubulação. Depois, seguirá pelo emissário submarino e será lançado no mar, a 4 km da costa.

O evento também contou com as presenças do subsecretário estadual do Ambiente, Antônio da Hora, do diretor do Conleste, Álvaro Adolpho, e do vice-diretor da Fundação Bio Rio/UFRJ, Angelo Luiz Monteiro de Barros.