O hóquei in line (patins em linha) é grande atração esportiva deste domingo (04/03) em Maricá. A cidade vai sediar a 2ª etapa da Copa Niterói Indians de Hockey in line, o Campeonato Estadual dessa modalidade, muito conhecida e praticada em países frios com o uso de patins de gelo. Três times do Rio de Janeiro e um de Niterói disputam o título na quadra do Complexo Esportivo Leonel de Moura Brizola, no Flamengo. A Secretaria Municipal de Esportes promove o campeonato, que é organizado pela Federação de Hóquei e Patinagem do Estado do Rio de Janeiro (FHPERJ). A entrada é gratuita.
As equipes disputam jogos com tacos ("sticks") e um disco de plástico ("puck", de 100g e 10 cm de diâmetro) e aquela que marcar o maior número de pontos (goals) conquista a etapa. As partidas começam às 8h e são realizadas em quatro tempos de 10 minutos. Cada time atua com quatro jogadores (dois defensores e dois atacantes) mais o goleiro e as substituições são livres.
O hóquei in line surgiu na Flórida, no final da década de 1980 como alternativa à modalidade praticada no gelo. No Brasil, os primeiros times começaram a se formar em 1994, sobretudo no interior de São Paulo. O uso de patins com rodas, especialmente o inline que é muito rápido, preservou as características de velocidade e equilíbrio que tornam o esporte tão popular nos EUA – onde a milionária National Hockey League (NHL) atrai milhares de torcedores aos ginásios – Canadá, Rússia, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Alemanha e em vários outros países.
O esporte lembra o futebol de quadra, com jogadores de linha tentando fazer gols em balizas defendidas por goleiros. A diferença está na agilidade dos atletas, que se equilibram em patins, além da alta velocidade das jogadas e do próprio disco, o que torna a disputa muito mais emocionante. No hóquei não há lateral e as tabelas podem e são usadas para rebater os chutes. Os jogadores podem controlar o "puck" com o taco de madeira ou fibra, bater o disco com o patim (desde que não seja em direção ao gol) ou jogar o "puck" com a mão (apenas para cortar passes aéreos). Diferentemente do hóquei no gelo, no inline não é permitido atingir o adversário com o “stick” e não há contatos violentos.
– O jogo é muito rápido e se destacam aqueles que têm habilidade com o "stick". As disputas são intensas e despertam a atenção do público logo no primeiro contato – destaca o atacante Adriano Costa, da equipe niteroiense São Bento Hockey. Apesar do atrativo, Adriano, que mora em Maricá, reconhece que ainda há dificuldades para a prática, já que não é muito fácil comprar os equipamentos.
– Para adquirir o kit completo (capacete, caneleiras, luvas, cotoveleiras e bermuda acolchoada para diminuir o impacto do atleta) é necessário desembolsar, em média, R$ 700. Mas hoje, com o auxilio da internet, a gente consegue comprar equipamentos mais baratos e em bom estado, contribuindo para que mais pessoas pratiquem o hóquei in line – acrescentou.
