Saúde vai economizar R$ 1,2 milhão em medicamentos de competência do Estado

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Uma economia em torno de 100 mil reais por mês e, até o fim de 2011, zerar custos que chegam a R$ 1,2 milhão anuais. É isto o que a Secretaria Municipal de Saúde quer ao reorganizar o fluxo de encaminhamentos de pacientes com ordem judicial para adquirirem remédios de alto valor. Para isso, desde maio, o farmacêutico Marcelo Marsico abraçou a tarefa de colocar ordem nos pedidos de medicamentos excepcionais, enviando-os para o Governo do Estado.

“Medicamentos de alto custo com demanda judicial são de competência do Estado e, quando o município traz para si a responsabilidade, ainda paga mais caro por ele, porque não compra em grande quantidade, mas o suficiente para o paciente em questão. Um único medicamento para artrite reumatóide, por exemplo, sai na faixa de cinco mil reais. Então, com apenas um paciente do município nessa condição, a prefeitura gasta, por ano, a quantia de 60 mil”, avalia.

Para o Estado, o custo é menor, porque precisa comprar em grandes quantidades a fim de atender demandas de usuários de todos os municípios. Já Maricá tem hoje 12 pacientes com direito a adquirir remédios e bolsas de colostomia.

Alaíde Valeza, de 75 anos, moradora de Itaipuaçu, é ostomizada há quatro anos e não vê problema em pegar a bolsa pelo Estado em vez de no município. “Para mim, o importante é receber o que preciso e continuar bem”, diz. Concorda com ela João Andorphi, de 81 anos, que mora no mesmo bairro e há três meses utiliza a bolsa. “Eu tinha problemas antes do mandado judicial. Agora, não. Tenho direito a ter o que Estado tem o dever de me conceder”, conclui.