Maricá poderá ter praça da Escrava Anastácia

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Local escolhido fica em frente ao cemitério de Maricá

A Secretaria de Direitos Humanos de Maricá, através da Subsecretaria de Diversidade Religiosa, recebeu o pedido da entidade denominada Fonte para Orientação Religiosa de Matrizes Africanas (FORMA), para construção de uma praça em homenagem á Escrava Anastácia. O pedido de formatação do projeto, que inclui um obelisco em forma de pelourinho e um busto da escrava, além de um velário, foi enviado à Secretaria de Assuntos Federativos, que agilizou o processo preparando gráficos, memorial descritivo e planilha de custos. O logradouro escolhido para abrigar a nova praça fica na confluência das Ruas Soares de Souza com a Rua 1º de Abril, em frente ao Cemitério Municipal.
 
Uma minuta do projeto foi apresentado pelo gerente executivo da Subsecretaria de Diversidade Religiosa, Antonio Chagas Marreiros, o “Liminha”, ao Chefe do Executivo, que se mostrou sensível à reivindicação. Se aprovado, o projeto terá de passar ainda para aprovação da Câmara de Vereadores, para sanção definitiva do prefeito.  Na próxima sexta-feira (15/4), no Auditório Darcy Ribeiro, na Casa de Cultura de Maricá, haverá uma reunião com os dirigentes das casas de religiosidade de matriz africana, onde serão discutidas pautas de interesse, como a criação de mais espaços para cultos afro-brasileiros.

História – Anastácia, nome cristão de batismo, foi uma escrava africana que viveu no Brasil no século XVIII, por volta de 1740. A mordaça de ferro era um castigo aplicadas aos escravos nas minas, para que não engolissem ouro ou pedras preciosas. Anastácia foi amordaçada a mando de seu senhor, por recusar-se a manter relações sexuais com ele. Rebelando-se contra a tirania do senhor branco, foi torturada e morta. É considerada heroína, assim como Zumbi dos Palmares, pelos afrodescendentes. Maiores informações pelos telefones 7126-3090 e 2634-1837.