Inaugurado projeto “Maricá na Teia”

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Projeto é uma iniciativa da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres

A Prefeitura de Maricá, através da Subsecretaria de Política para as Mulheres, ministrou aula inaugural na segunda-feira (14/02) do projeto “Maricá na Teia”, que tem por objetivo promover a auto-estima e autonomia das mulheres do município com a qualificação profissional (tapeçaria e artesanato de fibras vegetais), preservando ao mesmo tempo a arte e a cultura maricaenses.

O evento, que iniciou às 18h, foi no Centro Esportivo Leonel Brizola, no bairro do Flamengo.

Compuseram a mesa diretora, o secretário de Direitos Humanos, Marcos de Dios, a secretária de Assistência Social e Participação Popular, Marilza Medina, o professor Alexandre Dunes, autor do projeto e representando a Secretaria de Assuntos Federativos, a subsecretária de Cultura, Rosely Pellegrino, representando o secretário Emmanuel Vieira, a professora Andréa (representando a secretaria de Educação), e as artesãs Ilma Macedo da Costa (tapeceira) e Adriana (artesã em fibras naturais), e a subsecretária de Políticas para as Mulheres, Luciana Piredda, que apresentou o evento. Todas as secretarias municipais citadas, e o Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Sebrae), são parceiras do projeto.

Capacitação – No domingo, 13 de fevereiro, foi aplicada pela pedagoga Sandra Chrispim, do Cidade Educadora, capacitação para artesãs e articuladoras, que ministrarão oficinas e aulas para 150 alunas, nos bairros onde foi divulgado o projeto. Espraiado, Bananal, Pindobal, Bambuí, Vale da Figueira, Manoel Ribeiro serão agrupados em três pólos onde o projeto acontecerá. Tanto professoras (artesãs e articuladoras), quanto alunas, estavam super animadas com as aulas.  Maura do Carmo Lima, 55 anos; Ilma Macedo da Costa, 60; Eldetrudes dos Santos Costa, 64, entre outras, formam o time das Tapeceiras do Espraiado, que transmitirão a arte do Ponto Brasileiro, Rabo de Rato, Meio Ponto e Trança, estilos de tapeçaria criados por Madeleine e Concessa Colaço em Maricá, das quais foram alunas e tecelãs, produzindo para fora do estado e do país.

No artesanato de fibras de bananeira, Claudine Mendonça dos Santos e Adriane, além de outras, estão aptas a transmitir o conhecimento às alunas para confecção de bolsas, cintos, chapéus, sandálias, e kits com porta-guardanapos, cesta com flores de E.V.A (emborrachado colorido), além de outros adornos para decoração. Segundo elas, a empresária Regina Sboud tem sido uma grande incentivadora dessa arte “nativa e tradicional em Maricá”. Regina abrigou oficinas de artesanato, no seu Sítio do Riacho, um dos points do projeto Espraiado de Portas Abertas.

Avanço – Segundo Luciana Piredda “esse projeto é um avanço no trato das questões sociais em Maricá, por capacitar a mulher a obter renda própria, auto-estima, dignidade, auxiliando inclusive no orçamento doméstico. Através das aulas de cidadania, temas como Cooperativismo e Empreendedorismo (Sebrae), Cultura e Identidade Local, e Direitos da Mulher e Autonomia, serão de utilidade no combate à violência contra a mulher, por melhorar as relações intrapessoais na família, com propostas de autonomia e sustentabilidade”, declarou.

O secretário de Direitos Humanos encerrou dizendo que “a mulher maricaense é guerreira e tem um histórico de lutas, inclusive recentes. Em 1989, em uma greve de professores, 90% eram de mulheres. Muitas passam por dificuldades econômicas e educação repressiva, inclusive do marido. Queremos que este quadro seja mudado, a violência banida, e que a mulher maricaense, finalmente seja liberta das amarras que a prendem, ganhando autonomia política, social, econômica e emocional.