Bolsa-Família cadastra moradores de Inoã

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A Prefeitura de Maricá, através da Secretaria de Assistência Social e Participação Popular, promoveu no dia 2 de dezembro, das 10h às 16h, cadastramento do Programa Bolsa-Família na Associação de Moradores de Inoã (AMI). Moradores de diversas localidades como Vale Esperança, Nova Luzitânia, Maré, Fernando Mendes, e Chácaras de Inoã, procuraram a sede da AMI, para serem atendidos pelo programa, que opera através dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), que têm bases na Secretaria e nos distritos municipais (Centro, Ponta Negra e São José de Imbassaí).

Sessenta pessoas foram atendidas no horário previsto, com cadastro efetivo de 17 famílias. Para se cadastrar no Bolsa-Família, é preciso que a renda familiar, dividida pelo número de membros, atinja no máximo o valor de R$ 140,00 por pessoa. A ajuda do programa varia: famílias com crianças entre 0 a 15 anos, é de R$ 22 mensais, por criança (no máximo três crianças); adolescentes de 15 a 18 anos, R$ 33 mensais; e famílias incluídas na faixa de extrema pobreza (de R$ 0,0 a R$ 70 mensais), recebem R$ 68,00 mensais.

Outros programas – As famílias cujo orçamento ultrapasse estas cotas, poderão se cadastrar para outros programas, como o “Minha Casa, Minha Vida”, “Carteira Nacional do Idoso”, “Baixa Renda da Ampla”, “Isenção da Taxa para Concurso Público”, entre outros. Cléa Maria, 30 anos, mãe de Iago, 10 anos, e Júlia, 8 anos, moradora em Inoã, Centro, cadastrou-se e ficou satisfeita.

“Meus filhos estudam em escola municipal, o que já é uma economia, porém precisamos dessa ajuda. Sou dona de casa e o orçamento doméstico é pequeno”, disse.

Elizabete S. de Souza, 41 anos, diarista, moradora em Fernando Mendes, cadastrou-se, na expectativa de seu processo ser aprovado. “Tenho uma filha de 15 anos, estudante do 8º ano do Fundamental, que tem problemas de coluna. O tratamento que ela faz se torna caro, devido aos remédios, e talvez tenha que sofrer uma cirurgia. Espero conseguir o Bolsa-Família, pois o dinheiro das faxinas não é suficiente”, comentou.

A presidente da Associação de Moradores de Inoã (AMI), Celencina Opilar, declarou que ações sociais sempre são bem vindas. “Inoã é um distrito populoso, com muitos bairros e sub-bairros. Grande parte deles, como Maré, Fernando Mendes, Bananal e outros, com uma população muito carente. Agradecemos à Prefeitura de Maricá e outros órgãos, que têm dado apoio aos projetos da AMI. Iniciativas como esta só vêm ajudar pessoas que realmente precisam”, frisou.

O ex-vice presidente da AMI, Humberto Braga, salientou que “é preciso levantar prioridades nas comunidades. Aqui em Inoã, por exemplo, uma das principais prioridades é a retirada da primeira via da carteira de trabalho. Muitos jovens dependem desse documento, sendo que alguns já estão até empregados, mas não conseguem se regularizar. Seria interessante que a Prefeitura conseguisse algumas senhas com o Ministério ou Secretaria Estadual do Trabalho, para que não aumente o número de desempregados”.

A assistente social Mariana Victor Barbosa (CRAS Ponta Negra), a agente social Daniele da Silva Machado e a operadora de caso, Anna Maria Silva Pinto, comemoraram a nova marca. “Embora o programa Bolsa-Família seja uma ação continuada, com visitas toda quinta-feira, nos diversos bairros do município, com uma média de cinco a seis cadastros semanais, obtivemos um bom índice de cadastramento desta vez, o que denuncia uma maior demanda da comunidade em participar dos projetos populares do governo”, concluiu Mariana.